terça-feira, 12 de janeiro de 2010



Robô para ensinar autistas a comunicar
- Kaspar -



Investigadores britânicos da Universidade de Hertfordshire estão a desenvolver um robô para ajudar as crianças autistas a comunicar e estão convencidos de que é uma mais valia para a aprendizagem destas crianças. Uma primeira versão do “Kaspar” (nome do robô) já está a ser usada em algumas escolas inglesas mas o novo modelo vai ganhar um revestimento parecido com pele humana e sensores, uma inovação que o ajudará a interagir com os mais pequenos, garantem os responsáveis pelo projecto. Kaspar é um robô com o tamanho e o aspecto de uma criança, financiado pela União Europeia, a razão da sua existência são exclusivamente as crianças autistas, tendo sido criado para encorajar o desenvolvimento de competências sociais e de comunicação em autistas, já que estas são as principais dificuldades das pessoas afectadas por esta perturbação do comportamento. A equipa britânica na nova versão do kaspar vai cobri-lo com pele artificial e desenvolver tecnologias que permita ao robô interpretar e responder a estímulos tácteis. O objectivo é fazer com que ele consiga responder às crianças de forma a encorajar comportamentos "socialmente apropriados" e desencorajar os outros. Ou seja, o novo Kaspar vai ser capaz de perceber se a criança está a ser muito agressiva e reagir de forma adequada. Perante esta inovação tecnológica foi pertinente saber a opinião de especialistas portugueses, tais como o psicólogo Edgar Pereira e o neuropediatra Nuno Lobo Antunes. Para o psicólogo Edgar Pereira, o recurso a sistemas altamente informatizados que tentam aproximar-se ao comportamento humano mas que são mais previsíveis e mais exactos pode ser importante e positivo no trabalho com crianças autistas. Isto porque permitem simular aspectos específicos, como a expressão de emoções básicas, sempre que se pretenda, permitindo multiplicar as oportunidades de aprendizagem. "É um facilitador, mas o objectivo final é que depois as crianças sejam capazes de transpor esse conhecimento para a interacção com pessoas, que são sempre mais complexas", explica o director pedagógico da secção de Lisboa da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo. Para o neuropediatra Nuno Lobo Antunes, “Um projecto deste tipo só tem interesse se a criança conseguir transpor o que aprende com as máquinas para a sua interacção com pessoas, o que pode ser difícil dada a subtileza das emoções humanas. Além disso, o especialista considera que há muitas técnicas para treinar competências sociais, a maior parte muito mais barata”.

Adaptação e Citações de:
http://www.invirtus.net/in/story.php?title=um-rob%F4-para-ensinar-autistas-a-comunicar

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