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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

SAAC - O que são?

Sistema Alternativo e Aumentativo de Comunicação


Define-se por um conjunto integrado de técnicas, ajudas, estratégias e capacidades que a pessoa com dificuldades de comunicação usa para comunicar. Os sistemas de SAAC podem ser divididos em dois grandes grupos: os sistemas sem ajuda e os sistemas com ajuda. Os sistemas sem ajuda são aqueles que, não requerem o uso de qualquer objecto ou dispositivo físico. Os movimentos da cara, da cabeça, das mãos, dos braços e doutras partes do corpo são os únicos mecanismos físicos para a transmissão das mensagens. Os sistemas com ajuda requerem algum tipo de assistência externa, equipamentos ou materiais para que possa ter lugar a comunicação. Pode necessitar de uma caneta, papel e lápis, livros, quadros de comunicação ou um computador. Estes sistemas possuem um vasto conjunto de símbolos, sinais, gestos, imagens, que podem ser usados para comunicar, e para compreender melhor os outros. No caso dos autistas, a sua maior dificuldade está no domínio da interacção e comunicação por isso necessitam de uma linguagem alternativa permanente, por este motivo se recorre a tecnologias de apoio aplicadas à comunicação o SAAC.

Adaptado de:
http://www.umic.pt/images/stories/exemplos_inclusaodigital.pdf
http://anditec.pt/acessibilidade-digital/comunicacao-aum.html

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

PECS (Picture Exchange Communication System)

- Sistema de Comunicação por Figuras -



O PECS foi desenvolvido nos E.U.A. por Andrew Bondy e Lori Frost em 1994, com o objectivo de ajudar as crianças com autismo a comunicar com os outros de uma forma mais acessível, socialmente aceitável. Foi ainda pensado no sentido de ser de fácil aprendizagem também para os pais e outras pessoas que interagissem com estas crianças, propiciando a integração social das mesmas, promovendo a sua autonomia e a utilização de um comportamento verbal de um modo alternativo e rápido.
Inicialmente desenvolvido para crianças em idade pré-escolar com autismo, é actualmente usado por crianças e adultos com outros diagnósticos que apresentem igualmente dificuldades na comunicação. Tem sido demonstrado que a utilização de sistemas de comunicação baseados em imagens é proveitosa para indivíduos com PEA (Perturbações do espectro do autismo), uma vez que estes revelam uma boa capacidade a nível visuo-espacial.
Este sistema de comunicação está desenvolvido em 6 fases (Marisa Machado). As três primeiras têm como principal objectivo que a intenção comunicativa parta da criança e que esta entenda que, para ter um objecto, necessita de entregar à educadora a imagem correspondente, recebendo, em troca, o objecto pretendido ou uma imagem que a ele corresponde. Nestas fases, a troca é totalmente assistida, no entanto, o professor não deve perguntar à criança o que ela quer, não deve pedir que pegue na imagem, não deve dizer nada até que a criança ponha a imagem na mão aberta do professor, o feedback positivo deve ser dado apenas quando a criança lhe entrega uma imagem.
Nas três últimas fases, a criança já deverá conseguir construir frases a partir das imagens que estão no caderno e que são coladas numa “tira de frase”, posteriormente entregue pela criança ao seu interlocutor. À medida que a criança vai avançando nestas últimas fazes, o objecto requerido já não se encontra, necessariamente, presente e são-lhe feitas diferentes perguntas: “O que queres?”, “O que vês?” e “O que tens?”.
Estas fases vão sofrendo um processo de complexificação, no decorrer do qual é aumentado o vocabulário da criança.
Nem todas as crianças conseguem atingir a última fase deste sistema, sendo no entanto positivo o facto de aumentar a vontade da criança de comunicar, bem como a sua capacidade para o fazer, permitindo à criança ser compreendida pelo outro.
As imagens utilizadas neste sistema podem ser fotos dos objectos verdadeiros ou retiradas do programa Boardmaker, um programa que constitui uma biblioteca de símbolos em suporte informático, que permite criar, por exemplo, tabelas de comunicação.
Muitas crianças acabam por desenvolver a fala como efeito colateral da utilização deste método.


Adaptado de:
http://umolhardiferente-to.webs.com/tecnologiasdeapoio.htm
http://deficienteciente.blogspot.com/2009/11/facilitando-comunicacao-para-autistas_20-html
http://www.autistas.org/pecs.html

Algumas Fases do PECS

Fase 1

http://www.youtube.com/watch?v=ZP48lxnNdHM

Fase 2

http://www.youtube.com/watch?v=tr3lQXNEcps

Fase 6

http://www.youtube.com/watch?v=8rGZLmgUYx4

Nota: As fases intermédias não são mais do que uma evolução que leva até à última fase, isto é, à fase VI que pode ser visulaizada no link acima escrito.



Metodologias & Tecnologias


Existem diversas metodologias de trabalho com crianças com autismo, as quais utilizam diversas tecnologias para comunicar com estas crianças.
Gostaríamos de salientar no nosso blog duas das metodologias mais utilizadas, tendo ambas um cariz comportamentalista, são elas: Metodologia TEACH e Método do ABA.
Abaixo indicamos links de interesse para cada uma delas.

Método ABA
* www.centroaba.com

Metodologia TEACH
* www.autistas.org/metodos_educacionais.htm
*
www.carlagikovate.com.br/index.../Page790.htm

Caderno Pecs


É constituído, geralmente, por um dossiê no qual são inseridas folhas (plastificadas de preferência) nas quais estão coladas diversas tiras de velcro. É nestas tiras que são colocadas as imagens (preferencialmente plastificadas de modo a tornarem-se mais resistentes) que as crianças utilizarão para comunicar. No verso destas imagens, estará um pedaço de velcro possível de aderir as tiras que se encontram nas folhas do caderno. Na parte inferior do mesmo, existe uma “tira de frase” na qual as crianças, a partir da quarta fase do processo, deverão colar as imagens com as quais pretendem formar uma frase. Esta tira é removível para que a criança a possa entregar ao seu interlocutor.
É importante referir que o dossiê, as folhas e a tira de frase deverão ser coloridos, de modo a facilitar a distinção figura-fundo através da produção de um maior contraste com as imagens e da tira de frase com o dossiê. As imagens poderão ser, também, fotografias.
Em todo o material PECS se utiliza o velcro para que se possa alterar com facilidade e repetidas vezes a ordem das imagens sem que o material se danifique.







Robô para ensinar autistas a comunicar
- Kaspar -



Investigadores britânicos da Universidade de Hertfordshire estão a desenvolver um robô para ajudar as crianças autistas a comunicar e estão convencidos de que é uma mais valia para a aprendizagem destas crianças. Uma primeira versão do “Kaspar” (nome do robô) já está a ser usada em algumas escolas inglesas mas o novo modelo vai ganhar um revestimento parecido com pele humana e sensores, uma inovação que o ajudará a interagir com os mais pequenos, garantem os responsáveis pelo projecto. Kaspar é um robô com o tamanho e o aspecto de uma criança, financiado pela União Europeia, a razão da sua existência são exclusivamente as crianças autistas, tendo sido criado para encorajar o desenvolvimento de competências sociais e de comunicação em autistas, já que estas são as principais dificuldades das pessoas afectadas por esta perturbação do comportamento. A equipa britânica na nova versão do kaspar vai cobri-lo com pele artificial e desenvolver tecnologias que permita ao robô interpretar e responder a estímulos tácteis. O objectivo é fazer com que ele consiga responder às crianças de forma a encorajar comportamentos "socialmente apropriados" e desencorajar os outros. Ou seja, o novo Kaspar vai ser capaz de perceber se a criança está a ser muito agressiva e reagir de forma adequada. Perante esta inovação tecnológica foi pertinente saber a opinião de especialistas portugueses, tais como o psicólogo Edgar Pereira e o neuropediatra Nuno Lobo Antunes. Para o psicólogo Edgar Pereira, o recurso a sistemas altamente informatizados que tentam aproximar-se ao comportamento humano mas que são mais previsíveis e mais exactos pode ser importante e positivo no trabalho com crianças autistas. Isto porque permitem simular aspectos específicos, como a expressão de emoções básicas, sempre que se pretenda, permitindo multiplicar as oportunidades de aprendizagem. "É um facilitador, mas o objectivo final é que depois as crianças sejam capazes de transpor esse conhecimento para a interacção com pessoas, que são sempre mais complexas", explica o director pedagógico da secção de Lisboa da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo. Para o neuropediatra Nuno Lobo Antunes, “Um projecto deste tipo só tem interesse se a criança conseguir transpor o que aprende com as máquinas para a sua interacção com pessoas, o que pode ser difícil dada a subtileza das emoções humanas. Além disso, o especialista considera que há muitas técnicas para treinar competências sociais, a maior parte muito mais barata”.

Adaptação e Citações de:
http://www.invirtus.net/in/story.php?title=um-rob%F4-para-ensinar-autistas-a-comunicar